Colaboração para a Folha Online, no Rio
A violência das grandes cidades brasileiras onera em cerca de R$ 4 bilhões por ano o SUS (Sistema Único de Saúde), afirmou o presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, na manhã desta quinta-feira. Ele participa de encontro no Rio com secretários de Estados como Rio e São Paulo para discutir os impactos da violência na saúde pública.
"A violência sobrecarrega demais o sistema de saúde", disse Terra, durante o seminário "Violência: uma epidemia silenciosa", que discutiu, nesta quinta-feira no Guanabara Hotel, no centro do Rio, experiências de Estados do Sudeste para o combate à violência.
"A violência é uma questão social e prova disso é que, no Brasil, há 29 homicídios por cada 100 mil habitantes, enquanto no Japão há apenas 1 por 100 mil habitantes".
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Baratas, afirmou que a violência é a terceira causa de mortes no Estado e defendeu integração com a Secretaria de Segurança. "Na medicina, quando temos um caso difícil, não devemos atendê-lo sozinho. Com a violência é a mesma coisa", discursou.
O Conass, que organiza o encontro, defende um trabalho integrado entre as secretarias de Saúde e Segurança dos Estados para diminuir a violência. "Não dá mais para deixar as secretarias de Segurança cuidando das causas e nós das conseqüências", afirmou Terra, que defendeu políticas como a presença de médicos de famílias em áreas consideradas de risco.
Criticado por entidades de direitos humanos por fazer uso da política de enfrentamento em comunidades de baixa renda do Rio, o secretário de Segurança fluminense, José Mariano Beltrame, disse no encontro acreditar que a violência só terá fim "se elevarmos os índices de direitos humanos e civilidade".
"As operações policiais são necessárias, mas o trabalho maior [para combater a violência] é o da promoção da vida".
Um comentário:
A MINHA OPINIÃO É.........DIREITOS HUMANOS....PÁRA HUMANOS DIREITOS.
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