sábado, 27 de setembro de 2008

Polícia brasileira precisa avançar mais nas garantias aos direitos humanos, diz secretário

Flávia Albuquerque 
Repórter da Agência Brasil 

São Paulo - O Brasil avançou muito na garantia dos direitos humanos a partir do fim do regime militar e do conseqüente retorno à democracia,  em meados da década de 80, destacou o secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, após participar de painel no 2º Congresso Internacional de Direitos Humanos, que terminou hoje (26), em São Paulo. Segundo ele, é necessário lembrar que o país não tinha nenhum direito humano fundamental reconhecido há pouco tempo atrás. Balestreri também defendeu o trabalho de aprimoramento da formação dos policiais, fazendo que com respeitem os direitos humanos.

Atualmente, acrescentou, o país tem é uma democracia ainda imperfeita por ser recente. “Mas houve grandes avanços. Nós hoje estamos discutindo os direitos humanos em todas as academias de polícia. Antes, tínhamos as polícias orientadas formalmente a violarem direitos humanos. Nós temos na segurança pública uma discussão dos próprios direitos humanos dos policiais. Estamos cuidando de fornecer estudo gratuito a eles, habitação digna aos que recebem mal”.

Ele citou ainda a liberdade de imprensa e de expressão como provas de que os direitos humanos são mais respeitados no país atualmente. “É importante que a cidadania reconheça as coisas que ainda não estão bem, mas que também reconheça a caminhada que já fez, porque a caminhada democrática vem de baixo para cima, com a própria pressão da população e de sua organização.”

Balestreri explicou que praticamente todas as academias de polícia do país têm aulas de direitos humanos durante a formação dos oficiais. Entretanto, ele reforçou que, muitas vezes, o estudo dessa disciplina ainda é muito formal, focado em leis e conhecimento histórico. “Nós gostaríamos que fosse mais informal , debatido a partir da prática cotidiana dos policiais. Mas isso vem acompanhado de uma mudança dos métodos de ensino das academias", disse, assinalando que alguns delas ainda muito autoritárias.

De acordo com ele, a proposta dos cursos de formação dos oficias vai incentivar a discussão sobre as práticas policiais cotidianas, levando em conta a ética e moral - e não apenas legal -, com foco na definição do papel do policial na democracia e qual sua importância. Além disso, propõe que os policiais discorram sobre os problemas de sua profissão e suas necessidades. Os cursos são realizado em parceria com universidades e por meio de uma rede de ensino à distância que congrega 130 mil oficiais, entre bombeiros, policiais militares, guardas municipais e agentes penitenciários.

O secretário enfatizou que é possível estabelecer um equilíbrio entre o cumprimento dos direitos humanos e o enfrentamento da criminalidade, desde que se reconheça os patamares diferentes do crime e se dê para cada um deles o tipo de enfrentamento adequado. “Com o crime organizado, por exemplo, o confronto é necessário, mas precisa ser inteligente, tem que ser precedido de informações precisas, chegar nos gerentes, estrangular o fluxo de armas, não matar inocentes”.

Para combater o crime comum, aquele que incomoda o cidadão no dia-a-dia, como os furtos, assaltos, seqüestros, estupros, Balestreri diz ser preciso usar os chamados modelos presenciais de polícia. Ou seja, aquela que tem interação com a comunidade. “Aquele policial que sabemos o nome e o sobrenome e que sabe quem somos e onde moramos. Aquele com quem podemos conversar e trocar opiniões a respeito da segurança no nosso bairro”.

De acordo com Balestreri, outro passo para reforçar a garantia dos direitos humanos dentro da polícia é a melhoria dos critérios de seleção, o que, segundo ele, já vem acontecendo ao se exigir formação acadêmica dos candidatos. “Mas só isso não adianta, porque a pessoa pode sair da universidade sem formação moral. E os policiais trabalham com o que há de mais difícil na sociedade, com criminoso. E não é por má-fé, mas há uma propensão a processos de contaminação. Por isso, precisamos acompanhar, cuidar dos policiais que cuidam de nós, por meio programas de saúde mental."

Ele disse ainda que, por meio desse acompanhamento, é possível avaliar se o policial está capacitado mentalmente e pode continuar em suas funções. 


A crise de Wall Street equivale à queda do Muro de Berlim


JOSEPH STIGLITZ


A crise de Wall Street equivale à queda do Muro de Berlim

Para o prêmio Nobel de Economia de 2001, a crise financeira que atingiu Wall Street e os mercados financeiros de todo o mundo equivale, para o fundamentalismo de mercado, ao que foi a queda do Muro de Berlim para o comunismo. "Ela diz ao mundo que esse modelo não funciona. Esse momento assinala que as declarações do mercado financeiro em defesa da liberalização eram falsas", diz Stiglitz.

Data: 25/09/2008

Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia em 2001, sustenta que a crise de Wall Street evidencia que o modelo de fundamentalismo de mercado não funciona. Para ele, a crise que sacudiu Wall Street é para esse modelo o equivalente ao que foi a queda do Muro de Berlim para o comunismo. Stiglitz critica a complexidade dos produtos financeiros que provocaram a crise e os incentivos ao risco dos sistemas de recompensa dos executivos.

Barack Obama afirma que o naufrágio de Wall Street é a maior crise financeira desde a Grande Depressão. John McCain diz que a economia está ameaçada, mas é basicamente forte. Qual deles têm razão?

Stiglitz – Obama está muito mais próximo da verdade. Sim, os Estados Unidos tem talentos, grandes universidades e um bom setor de alta tecnologia. Mas os mercados financeiros desempenham um papel muito importante, sendo responsáveis nos últimos anos por cerca de 30% dos lucros empresariais. Os executivos dos mercados financeiros obtiveram esses lucros com o argumento de que estavam ajudando a gerir o risco e a garantir maior eficácia ao capital. Por isso, diziam, mereciam rendimentos tão altos. Ficou demonstrado que isso não é certo. A gestão que eles executaram foi muito mal. Agora, o tiro saiu pela culatra e o resto da economia pagará porque as trocas comerciais cairão devido à redução do crédito. Nenhuma economia moderna pode funcionar bem sem um setor financeiro vibrante.

Assim, o diagnóstico de Obama, quando diz que nosso setor financeiro está em estado deplorável, é correto. E se está em um estado deplorável, isso significa que nossa economia está em um estado deplorável. Ainda que não levássemos em conta a comoção financeira, mas só a dívida doméstica, nacional e federal, isso já bastaria para ver a seriedade do problema. Estamos nos afogando. Se observarmos a desigualdade, que é a maior desde a Grande Depressão, o problema é sério. Se observarmos o estancamento dos salários, o problema é sério. A maior parte do crescimento econômico dos últimos cinco anos baseava-se em uma bolha do setor imobiliário, que agora estourou. E os frutos desse crescimento não foram repartidos amplamente. Em resumo, os fundamentos não são bons.

Qual deveria ser, na sua opinião, a resposta política ao afundamento de Wall Street?

Stiglitz – Está claro que necessitamos não só voltar a regular, mas também redesenhar o sistema regulador. Durante seu reinado como chefe do Federal Reserve, no qual surgiu essa bolha hipotecária e financeira, Alan Greenspan tinha muitos instrumentos ao seu alcance para freá-la, mas não conseguiu fazer isso.

Afinal de contas, Ronald Reagan escolheu-o por sua atitude contrária à regulação. Ele substituiu a Paul Volcker no Federal Reserve, conhecido por manter a inflação sob controle. O governo Reagan não acreditava que ele fosse um “liberalizador” adequado. Por conseguinte, nosso país sofreu os efeitos de escolher como regulador supremo da economia a alguém que não acreditava na regulação. De modo que, para corrigir o problema, a primeira coisa que precisamos é de líderes políticos e responsáveis que acreditem no papel da regulação. Além disso, precisamos estabelecer um sistema novo, capaz de suportar a expansão das finanças e dos instrumentos financeiros de um modo melhor que os bancos tradicionais.

Precisamos, por exemplo, regulamentar os incentivos. Eles têm que ser pagos baseando-se nos resultados de vários anos, e não no de apenas um, porque este último modelo fomenta as apostas. As opções de compra de ações fomentam a adulteração da contabilidade e é preciso frear essa prática. Em resumo, oferecemos incentivos para que se alimentasse um mau comportamento no sistema.

Além de freios, precisamos de faixas de controle. Historicamente, todas as crises têm estado associadas a uma expansão muito rápida de determinados tipos de ativos. Se conseguimos frear esse processo, podemos impedir que as bolhas cresçam de modo descontrolado. O mundo não desapareceria se as hipotecas crescessem 10% e não 25% anualmente. Conhecemos tão bem o patrão que deveríamos fazer algo para dominá-lo. Precisamos ainda de uma comissão de segurança para os produtos financeiros, assim como temos no caso dos produtos de consumo. O setor financeiro estava inventando produtos que não geriam o risco, mas sim o produziam.

Certamente, acredito na necessidade de uma maior transparência. No entanto, desde o ponto de vista dos critérios reguladores, esses produtos eram transparentes em um sentido técnico. Mas eram tão complexos que ninguém os entendia. Mesmo que fossem tornadas públicas todas as cláusulas destes contratos, elas não trariam a nenhum mortal alguma informação útil sobre seu risco. Muita informação equivale a nenhuma informação. Neste sentido, aqueles que pedem mais revelações como solução para o problema não entendem a informação. Se alguém compra um produto, necessita de uma informação simples e básica: qual é o risco. Essa é a questão.

Os ativos hipotecários que provocaram o caos estão em mãos de bancos ou fundos soberanos da China, Japão, Europa e países do Golfo. Como essa crise os afetará?

Stiglitz – É certo. As perdas das instituições financeiras européias com as hipotecas subprime foram maiores do que as verificadas nos Estados Unidos. O fato de os EUA terem diversificado esses ativos hipotecários por todo o mundo, graças à globalização dos mercados, suavizou o impacto interno. Se não tivéssemos disseminado o risco por todo o mundo, a crise seria muito pior. Uma coisa que agora se entende, a conseqüência dessa crise, é a informação assimétrica da globalização. Na Europa, por exemplo, não se sabia muito bem que as hipotecas norte-americanas são hipotecas sem lastro: se o valor da casa baixa mais que o da hipoteca, pode-se devolver a chave ao banco e ir embora. Na Europa, a casa serve de garantia, mas o tomador do empréstimo segue endividado, aconteça o que aconteça. Este é um dos perigos da globalização: o conhecimento é local, sabe-se muito mais sobre sua própria sociedade do que sobre as outras.

Qual é então, em última análise, o impacto do naufrágio de Wall Street na globalização regida pelo mercado?

Stiglitz - O programa da globalização esteve estreitamente ligado aos fundamentalistas do mercado: a ideologia dos mercados livres e da liberalização financeira. Nesta crise, observamos que as instituições mais baseadas no mercado da economia mais baseada no mercado vieram abaixo e correram a pedir a ajuda do Estado. Todo mundo dirá agora que este é o final do fundamentalismo de mercado. Neste sentido, a crise de Wall Street é para o fundamentalismo de mercado o que a queda do Muro de Berlim foi para o comunismo: ela diz ao mundo que este modo de organização econômica é insustentável. Em resumo, dizem todos, esse modelo não funciona. Este momento assinala que as declarações do mercado financeiro em defesa da liberalização eram falsas.

A hipocrisia entre o modo pelo qual o Tesouro dos EUA, o FMI e o Banco Mundial manejaram a crise asiática de 1997 e o modo como procedem agora acentuou essa reação intelectual. Agora os asiáticos dizem: “Um momento, para nós, vocês disseram que deveríamos imitar o modelo dos Estados Unidos. Se tivéssemos seguido vosso exemplo, agora estaríamos nesta mesma desordem. Vocês, talvez, possam se permitir isso. Nós, não”.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

Produtores rurais de MS acusam Funai de descumprir acordo

Vinicius Konchinski 
Repórter da Agência Brasil 

São Paulo - A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) vai promover na segunda-feira (29), em Miranda, um protesto contra ações da Fundação Nacional do Índio (Funai) no estado. Segundo a entidade, a Funai não estaria cumprindo o acordo firmado no dia 15 pelo presidente do órgão, Márcio Meira, e pelo governador André Puccinelli (PMDB). Em reunião realizada na sede do governo sul-mato-grossense, em Campo Grande, Meira se comprometeu em suspender estudos antropológicos para possíveis demarcações de terras indígenas até que uma instrução normativa fosse publicada pela Funai. Até hoje, a instrução não foi publicada. Além disso, segundo representantes dos sindicatos rurais de MS, os estudos não foram suspensos. “Nós entendemos que o acordo foi descumprido”, afirma o diretor-secretário da Famasul e presidente da Comissão Estadual de Assuntos Indígenas e Fundiários da entidade, Dácio Queiroz, em nota publicada no site da federação na quinta-feira (25). Em nota anterior, publicada na quarta (24), a Famasul informa também que o acordo entre Funai e governo “de fato era de ‘fachada’”. A federação diz que antropólogos de grupos de trabalho da fundação foram vistos em aldeias de estado. Procurada pela Agência Brasil, a Funai garantiu que os estudos foram suspensos. “Parte dos antropólogos que compõem os grupos de estudo permanece nas aldeias, pois são colaboradores antigos da Funai em outros projetos, como a documentação de línguas indígenas”, justifica a fundação.


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A pouco mais de três meses para fim do ano, apenas 5% dos recursos do Fundo Penitenciário Nacional foram gastos

Renata Mariz - Correio Braziliense
Publicação: 15/09/2008 08:44     Atualização: 15/09/2008 08:47

















CDDPH entra com pedido de ADIN para conter violência da Brigada Militar contra movimentos sociais no Rio Grande do Sul

O Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), ligado à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR) e integrado por representantes da administração pública e sociedade civil entrou com representação junto ao Ministério Público do Rio Grande do Sul com proposta de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) sobre a Nota de Instrução Operacional da Brigada Militar do Estado.

Na avaliação da Comissão, a instrução é a base legal utilizada para uma série de atos que desrespeitam frontalmente os princípios dos Direitos Humanos, tais como identificação compulsória dos acampados e o cerceamento ao direito de manifestação e de expressão dos movimentos sociais e de seus dirigentes.

A instrução também contraria o Manual de Diretrizes Nacionais para Execução de Mandados Judiciais de Manutenção e Reintegração de Posse Coletiva, elaborado pela Ouvidoria Agrária Nacional, do Ministério do Desenvolvimento Agrário. O documento foi aprovado pelos comandantes da Polícia Militar de todos os estados. O comandante da Brigada Militar do Rio Grande do Sul negou-se a assinar o documento.

O CDDPH tomou a decisão após cinco dias de investigações no Estado feitas pela Comissão Especial, criada em agosto para investigar a tentativa de criminalização dos movimentos sociais a partir de iniciativas do Ministério Público Estadual, decisões do Poder Judiciário do Estado e ações da Brigada Militar.

Além do ministro Vannuchi, fazem parte do conselho: o procurador geral da República, Antônio Fernando Barros; a diretora do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais do Ministério das Relações Exteriores, Ana Lucy Petersen; o presidente da Associação Brasileira de Educação, João Pessoa de Albuquerque; o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, César Britto; o professor de Direito Constitucional, Dalmo Dallari; o professor de Direito Penal, Humberto Espínola; os deputados federais Henrique Alves e Zenaldo Coutinho; e os senadores Valdir Raupp e Lúcia Vânia.

O assessor de imprensa Cláudio Eugênio acompanha a Comissão Especial.
Contato: (61) 9196-8721 / 9303-2673

CDDPH apura a “tentativa de criminalização dos movimentos sociais”


04/09/2008 - 19:31

Os integrantes do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), estarão em Porto Alegre na próxima terça-feira (9) cumprindo uma extensa agenda de audiências sobre a “tentativa de criminalização dos movimentos sociais”. Os integrantes da Comissão Especial, instituída mês passado pelo ministro da SEDH, Paulo Vannuchi, vão se reunir com os movimentos sociais, com a Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), Ministério Público, procurador-geral de Justiça, Tribunal de Justiça e com a governadora do Estado, Yeda Crusius (veja a agenda abaixo).

Na terça-feira (9) o grupo começa a agenda conversando com os movimentos sociais, no plenarinho da Assembléia Legislativa, e depois audiência com a Farsul. Na quarta-feira (10), irão a Passo Fundo. Já dia 11 (quinta-feira ) conversam com a governadora Yeda Crusius, no Palácio do Planalto, com o procurador-geral de Justiça e o presidente do Tribunal de Justiça. Ao final das audiências, na sexta-feira (12), os integrantes farão um balanço do trabalho, no Ministério Público de Porto Alegre.

Instituída no mês passado pelo ministro da SEDH, Paulo Vannuchi, a Comissão Especial tem a tarefa de “apurar tentantivas de criminalização de movimentos sociais, a partir de iniciativas do Ministério Público Estadual, decisões do poder Judiciário do RS e ações da Brigada Militar, apontando soluções no sentido de garantir o respeito aos direitos civis e às liberdades públicas”. A idéia da Comissão é apurar casos de criminalização dos movimentos sociais em todo o Brasil, diz Fernando Matos relator da Comissão Especial e coordenador geral do Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos da SEDH. Segundo ele, a Comissão Especial tem 180 dias para apresentar um relatório das conclusões do trabalho.

Confira a agenda da Comissão do CDDPH no RS

9 de setembro de 2008 (terça-feira)
10h – reunião com entidades dos movimentos sociais
Local: plenarinho da Assembléia Legislativa

17h – Reunião com representantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul – Farsul
Local: Farsul, praça Prof. Saint Pastous, 125

10 de Setembro de 2008 (quarta-feira)
15h – reunião com entidades em Passo Fundo
Local: Universidade de Passo Fundo (a confirmar)

11 de setembro de 2008 (quinta-feira)
10h30 – audiência com o procurador geral de Justiça – dr. Mauro Henrique Rener
Endereço: Aureliano de Figueiredo Pinto, nº 80, 14ª andar, Torre Sul, avenida Praia de Belas

13h30 – audiência com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, desembargador Dr. Arminio José Abreu Lima da Rosa
Endereço: avenida Borges de Medeiros, 1.565, 12º andar, Gabinete da Presidência
15h – audiência com a governadora do Estado do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius
Endereço: Palácio Piratini, Praça Marechal Teodoro - Centro

12 de setembro de 2008 (sexta-feira)
10h – Reunião da Comissão Especial para avaliação dos trabalhos.
Endereço: Ministério Público Federal em Porto Alegre

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Civil society crucial in advancing human rights, UN officials tell Paris meeting



3 September 2008 –Top United Nations officials have highlighted the important role played by civil society in advancing human rights around the world, as a major United Nations conference bringing together some 2,000 representatives of non-governmental organizations (NGOs) from 90 countries got under way in Paris today.

The annual conference, organized by the UN’s Department of Public Information (DPI), is usually held in New York. This year’s event is taking place in Paris to mark the 60th anniversary of the Universal Declaration of Human Rights, which was adopted in the French capital in 1948.

Secretary-General Ban Ki-moon, in a video message to the conference, noted that human rights have been at the core of the UN’s work since 1948.

“At the same time, civil society has been on the front line,” he said. “For six decades, human rights defenders have sacrificed liberty, comfort and even life to ensure that all human beings can enjoy the rights enshrined in the Declaration – irrespective of their race, religion, ethnicity, gender, or other status.”

He also pointed out that human rights and freedoms continue to be “a distant reality” for too many people.

“It is our duty to ensure that these rights are a living reality – that they are known, understood and enjoyed by everyone, everywhere. It is often those who most need their human rights protected, who also need to be informed that the Declaration exists – and that it exists for them,” he told the gathering.

The President of the General Assembly also highlighted the contributions of civil society to advancing human rights.

“NGOs have played an important role in putting human rights at the centre of humanity’s agenda,” Srgjan Kerim said in a video message.

Mr. Kerim stressed the value of partnership between the UN, its Member States and civil society, adding that the goal of achieving human rights for all, while ambitious, can be achieved with such partnerships.

“Working hand-in-hand we can make universal human rights a reality for all of us,” he said.

The three-day conference is being held at the headquarters of the UN Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO), and features roundtables and workshops, as well as an art exhibit on the history of the Universal Declaration.