quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Bispo brasileiro Erwin Krautler leva ''Nobel Alternativo'' na Suécia


Bispo brasileiro leva ''Nobel Alternativo'' na Suécia

Publicado em 30.09.2010, às 14h07

 
Krautler foi lembrado por seu trabalho a favor dos direitos humanos e ambientais das populações indígenas
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O bispo brasileiro de origem austríaca Erwin Krautler, de 71 anos, levou nesta quinta-feira o prêmio Right Livelihood Prize, conhecido como o "Prêmio Nobel Alternativo". Krautler foi lembrado por seu trabalho a favor dos direitos humanos e ambientais das populações indígenas, e também por sua luta para salvar a Floresta Amazônica da destruição.

A edição de 2010 do prêmio "honra o poder da mudança na base", afirmou em comunicado a Fundação Rights Livelihood, sediada na Suécia. Os agraciados dividirão um total de 200 mil euros como premiação.

Além do bispo brasileiro, a organização israelense "Médicos pelos Direitos Humanos Israel" foi reconhecida por seu "espírito invencível no trabalho pelo direito à saúde para todas as pessoas em Israel e na Palestina". O ativista pelo meio ambiente nigeriano Nnimmo Bassey, de 52 anos, foi agraciado por "revelar todos os horrores ecológicos e humanos da produção de petróleo". O júri também destacou o trabalho dele para "fortalecer o movimento ambientalista na Nigéria e globalmente".

O bispo brasileiro foi reconhecido "por um trabalho de uma vida pelos direitos humanos e ambientais dos povos indígenas, e por seus incansáveis esforços para salvar a Floresta Amazônica da destruição".

Ainda foi lembrado o nepalês Shrikrishna Upadhyay e sua organização SAPPROS, por "demonstrarem ao longo dos anos o poder da mobilização comunitária para lidar com os múltiplos casos de pobreza, mesmo quando ameaçados pela violência política e pela instabilidade".

O fundador do prêmio, Jakob von Uexkull, disse que os lembrados nesta edição são modelos. "A verdadeira mudança começa em um nível de base: médicos que não esperam os políticos antes de agir para acabar com o sofrimento desnecessário no Oriente Médio; moradores de vilarejos que trabalham eles mesmos para sair da pobreza; e movimentos ambientais que unem as vítimas da devastação ecológica", apontou ele.

Um filatelista e ex-membro do Parlamento Europeu, von Uexkull tem cidadania sueca e alemã. Ele criou o prêmio em 1980, para "honrar e apoiar aqueles que oferecem respostas práticas e exemplares para os desafios mais urgentes que enfrentamos hoje em dia". Desde então, o prêmio tem sido financiado por doadores individuais. A entrega ocorrerá no Parlamento sueco, em 6 de dezembro. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado

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