GENEBRA — A Colômbia anunciou que pagará uma indenização às vítimas da violência, em um discurso do vice-presidente daquele país, Angelino Garzón, nesta segunda-feira, diante do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.
"Compensar as pessoas que foram vítimas da violência em nosso país e restituir a terra àquelas que foram despejadas violentamente" é o objetivo de uma lei impulsionada pelo governo, indicou Garzón.
"A lei está projetada para ser aplicada em um período de 10 anos e, a princípio, o governo decidiu realizar um investimento para sua implementação próximo dos 25 bilhões de dólares", informou o vice-presidente.
"O Estado reconheceu cerca de 4 milhões de pessoas que foram vítimas da violência (...), aproximadamente 1 milhão de famílias, incluindo a população deslocada", afirmou. "Teremos de indenizar cerca de 100.000 famílias a cada ano, 8.500 famílias por mês e 350 aproximadamente a cada dia nos próximos dez anos", calculou.
O vice-presidente Garzón valorizou "o trabalho dos defensores e defensoras dos direitos humanos". "Quis reiterar neste Conselho o compromisso decidido pelo Estado colombiano de oferecer garantias para o exercício de suas atividades", completou.
"Queremos promover uma cultura de tolerância zero com a violação dos direitos humanos e o direito internacional humanitário", afirmou Garzón, que anunciou para o fim do ano uma Conferência Nacional de Direitos Humanos na Colômbia com o objetivo de trabalhar junto com a sociedade civil e a comunidade internacional".
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