sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Charles Carmo: Acordando sem o inimigo

Charles Carmo: Acordando sem o inimigo

por Charles Carmo, em O Recôncavo

As declarações dos principais líderes oposicionistas do país, em uníssono elogio ao ex-ministro Jobim, são provas irrefutáveis de que a presidenta Dilma Rousseff fez o certo ao demiti-lo.

A presidenta Dilma Rousseff demitiu Nelson Jobim e o substituiu por Celso Amorim.

O que pensa a oposição sobre a troca?

"Nelson Jobim valorizava o governo, tem conteúdo, prestígio e status nacional", é o que disse o líder do PSDB no Senado Álvaro Dias a respeito da demissão de Nelson Jobim.

Já para o senador Demóstenes Torres (DEM/GO), líder do DEM, a saída de Jobim foi "uma péssima troca". Segundo o senador "Jobim foi o único que conseguiu dar uma sistematização ao Ministério da Defesa. Acho que o Celso Amorim vai ser um desastre. Ele é um fanático esquerdista e não entende nada de Defesa. Com todo respeito aos diplomatas, mas a Defesa não é lugar para diplomata", afirmou o senador, sem, entretanto, explicar se o lugar é cativo dos juristas.

Por sua vez, o deputado Duarte Nogueira (PSDB/SP), líder do PSDB na Câmara, afirmou que "Infelizmente, no lugar de demitir os diversos auxiliares envolvidos em denúncias de corrupção e irregularidades – ou fazê-lo a conta-gotas – a presidente Dilma abre mão de um ministro que vinha realizando um bom trabalho".

O baiano ACM Neto, líder do DEM na Câmara, afirmou que "Jobim foi expulso por ser competente e falar a verdade".

Quando um ministro passa a ser tão admirado pelos líderes da oposição, é sinal de que passou da hora dele pegar o boné e ir pescar. Como sabemos, a oposição nada tem de construtiva.

Nelson Jobim foi desleal à presidenta e fazia o papel de oposicionista, por isso tantos elogios de quem só quer ver a presidenta pelas costas.

As declarações dos principais líderes oposicionistas do país, em uníssono elogio ao ex-ministro Nelson Jobim, são provas irrefutáveis de que a presidenta Dilma Rousseff fez o certo ao demiti-lo.

Jobim era a oposição dentro do governo.

Agora, longe do ministério, o ex-ministro pode se dedicar, com mais afinco e tempo, a tarefa que se dispôs: sabotar o governo.

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