quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Governo quer integrar ONGs e polícia no combate ao tráfico de pessoas

Juliana Cézar Nunes e Felipe Linhares
Da Agência Brasil
Brasília - A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, por ano, mais de 2,5 milhões de pessoas são aliciadas em todo mundo por quadrilhas que traficam seres humanos. No Brasil, essas quadrilhas atuam, principalmente, na área de exploração sexual e buscam aliciar mulheres de 18 a 25 anos, solteiras e com baixo poder aquisitivo.
Para combater esse crime, o Ministério da Justiça pretende instalar bases para integrar as atividades das organizações da sociedade civil e das polícias federais, rodoviárias e estaduais. De acordo com a assessoria do ministério, essas unidades de mobilização serão criadas em pontos estratégicos, como aeroportos e rodoviárias, a partir do primeiro semestre do ano que vem.
Nos próximos quatro anos, estão previstos R$ 1,4 milhão para a criação das unidades nas 11 regiões metropolitanas que já aderiram ao Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci).
“Temos implantado uma política, com ações pontuais dedicadas à Polícia Federal, e nos próximos dias o presidente da República deve editar o Plano Nacional de Combate ao Tráfico de Pessoas”, disse hoje (12) o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, durante a Oficina sobre Tráfico de Pessoas, que reúne superintendentes regionais da Polícia Federal em Brasília.
Para Tuma Júnior, é necessário ampliar as divulgações sobre o tráfico de pessoas para evitar que mais vítimas caiam no golpe. "Estamos trabalhando para identificar esses pontos [onde as quadrilhas atuam], quais as suas realidades e fazer uma ação mais enérgica na repressão e programar uma ação de prevenção nesses locais.”

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